Jéssica Daiane Cabral de Oliveira, de 30 anos, foi morta a tiros dentro da própria residência durante a madrugada deste sábado, na Rua Francisco Sabrian, no Conjunto Madrid, em Maringá (PR). O crime é investigado como feminicídio.
O principal suspeito é o ex-companheiro da vítima, o guarda municipal Gerson Rafael Geidelis, de 46 anos, que não aceitava o fim do relacionamento. Câmeras de segurança registraram a invasão do imóvel e o barulho dos disparos, mas não captaram o momento exato em que a mulher foi morta. As imagens mostram o suspeito utilizando um VW Parati para arrombar o portão da casa e, em seguida, invadir a residência.
Um rapaz que estava no local conseguiu fugir antes de ser atingido. A filha da vítima, uma criança de apenas 7 anos, também estava na casa no momento do crime.
Após os disparos, o autor fugiu. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas, mas apenas puderam constatar a morte de Jéssica, que foi atingida por tiros no pescoço, tórax, abdômen e braço. Durante a perícia, a Polícia Científica recolheu estojos deflagrados de calibre .380.
De acordo com a Polícia Civil, durante a manhã equipes da Polícia Militar, Guarda Civil Municipal e setores de inteligência realizaram buscas pelo suspeito. O veículo utilizado na fuga, um VW Parati, foi localizado ainda durante a manhã nas proximidades do Eurogarden.
Ainda pela manhã, Gerson Rafael Geidelis se entregou à polícia acompanhado de um advogado. Ele foi preso por uma equipe da RUMU nas proximidades do Bosque 2 e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Maringá. A arma utilizada no crime foi apreendida e estava municiada.
Segundo a Prefeitura de Maringá, o homem atuava como guarda municipal desde 2009 e, atualmente, exercia a função de vigilância em um centro esportivo no Jardim São Silvestre. Por meio de nota, a corporação informou que ele não estava em serviço no momento do crime.
Segundo familiares, Jéssica vinha sendo ameaçada pelo ex-companheiro. O relacionamento entre os dois durou cerca de quatro meses e havia terminado recentemente. Após a separação, a vítima passou a conhecer outra pessoa, o que teria intensificado as ameaças. Ainda conforme a família, Jéssica se sentia coagida e chegou a procurar a delegacia, mas o boletim de ocorrência não chegou a ser registrado.
A família da vítima clama por justiça. O velório ocorreu durante o final de semana e o sepultamento foi realizado na tarde deste domingo (21), no Cemitério Municipal de Maringá.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

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